dicas para pescar piaparas

Dicas de Pescaria

O segredo do sucesso com as piaparas

Saiba uma dica de ceva para piaparas que também atrai piaus,pacus e piracanjubas


Por: Juninho e Lielson Tiozzo Foto/Ilustração: Juninho Publicado em: 12/2009
Juninho é um daqueles pescadores que gosta de estudar e aperfeiçoar suas táticas. Deste vez, ele preparou uma excelente dica de ceva para a pesca das briguentas piaparas. Confira!
Receita:
50% Milho
30% Soja
10% Quirera milho
5% Quirera de arroz
5% Painço 5%
Sangue de boi e farelo de arroz a gosto
Modo de preparo:
Deixe o milho na água de sete a dez dias. Ele vai inchar e ficar mole, tornando mais fácil de ser digerido. Há pescadores que preferem deixar o milho de molho por mais dias deixando-o azedo e com um cheiro forte.
Proceda da mesma forma com a soja, a quirera de arroz e milho. A penúltima deve permanecer apenas 24 h e a última, no mínimo três e no máximo cinco dias.
Em seguida deixe a água dos ingredientes escorrer bem. Com o auxílio de uma peneira, deixo cada um por um breve período.Depois, coloco um sobre o outro e misturo com uma pequena enxada. Puxe de um lado para o outro, de três a cinco vezes, dependendo da quantidade, até que a mistura fique homogênea.
Mesmo sem o excesso de água, é possível perceber que a mistura está encharcada. Nesse momento pode ser adicionado o farelo de arroz aos poucos. Tome cuidado ao armazenar e transportar, pois com o contato com a água, o farelo tem tendência de triplicar seu tamanho. O mesmo ocorre com todos os outros ingredientes citados acima. Vá adicionando até ficar do seu gosto. Deixe destampado por até 24 h para evitar que transborde ou deixe um espaço até a borda. Em certas ocasiões a tampa pode sair com uma certa violência.
Para finalizar acrescente o sangue. Como o manuseio é complicado, por ser um ingrediente que estraga facilmente, uma boa dica é congelar ou comprar apenas o necessário para a pescaria do final-de-semana e adicionar a ceva pouco antes da pescaria.
Também é possível acondicioná-lo em garrafas pets e misturar na hora da pescaria no rio. Alguns pescadores garantem que agindo dessa forma o sangue permanece inalterado por até seis meses. Eu uso a técnica há um bom tempo e aprovei.
O engarrafamento deve ser feito no dia da coleta.  Mesmo fresco ele tende a coagular. Para evitar esse problema basta “coar”, passando ele por um peneira de feijão. Com ajuda de uma luva de tecido espremo os coagulos na tela da peneira, que caem dentro de uma bacia. Depois, com um funil passo o líquido para a garrafa.
Após alguns dias, cria-se uma forte pressão dentro da garrafa. Para abrir, costumo fazer dentro d’água. Armazenando dessa forma é possível levar as garrafas para adicionar a ceva no dia da pescaria, em cima do barco.
As variações
Em Castilho (SP), no Paranazão, alguns pescadores na rodada usam um só ingrediente, o milho cozido em cevadores de PVC. Com essa apresentação, a isca será um grão de milho, que ficará no meio dos outros liberados pelo aparelho, enganando o mais desconfiado dos peixes.
Outra alternativa muito usada épocas mais frias é a quirera de milho fina e sangue. Para isso é preciso fazer uma regulagem mais fina para liberação do trato no cevador e usar como isca a “tilanga” – pedaços de sangue coagulado ou milho.
(foto da regulagem do cevador)
Já as bolotas não precisam de cevadores, basta soltar na beirada do barco, na direção das linhas.
Apenas tome cuidado com o preparo. Ele terá uma parte maior de farelo de arroz para dar maior consistência e possibilitar dar forma redonda na ceva. Uma boa alternativa seria adicionar farinha de trigo, que é ótima para dar mais liga.
Normalmente eu uso a receita básica, tanto em pescarias de rodada como a de espera por acreditar que ela é mais eficiente. Isso porque cada tipo de cereal tem uma característica própria (forma e peso) e acaba sendo carregados a distâncias diferentes e se concentrando em diversos pontos porque no fundo do rio que é irregular, com estruturas como pedras que causam desnível.
Os peixes que estão espalhados seguem a trilha, parando por mais tempo nos locais em que a comida fica deposita, facilitando a pescarias. Sem contar que com a grande oferta de alimento os torna seletivos, comendo um determinado tipo de isca.
Mas, na pescaria de espera até pode-se retirar algum ingrediente ou variar a porcentagem, quando se pesca com freqüência. Isso dependerá muito das espécies presentes no trecho do rio que estaremos pescando. Por exemplo, se perceber uma grande quantidades de ladrões de isca (lambaris, canivetes e pequenos piaus) a tática é retirar a os cereais menores, usando apenas milho, soja, farelo de arroz e sangue.
Dependendo da época do ano, do rio em que se está pescando e a modalidade, a mistura pode sofrer mudanças.
A fórmula correta de sua ceva só dependerá de você, pois só com observação e criatividade você encontrará a receita ideal.


interna2.jpg
internanova.jpginterna1.jpginterna3.jpginterna4.jpginterna5.jpginterna6.jpg



Fonte:http://pesca-cia.uol.com.br/dicas-de-pescaria/dicas-de-pescaria.aspx?c=1971

Nenhum comentário:

Postar um comentário